De 16 a 28 de maio, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Retratos de Kinshasa, com sete filmes que revelam diferentes aspectos do cotidiano dos habitantes da capital da República Democrática do Congo.
A programação tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français.
O valor do ingresso é R$ 10,00.
SOBRE A MOSTRA
A cidade de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, vibra com as histórias de seus habitantes: de jovens estrelas da música eletrônica a aspirantes a boxeadoras, de cantoras talentosas que precisam conciliar a arte com as responsabilidades familiares às gangues que reivindicam seu território através da moda, de grupos dedicados a street art aos parentes que buscam os direitos das vítimas de guerras. A realidade multifacetada do país situado na África Central, independente desde 1960, é iluminada a partir dos retratos criados nas ficções e nos documentários. O cinema dá cor aos sonhos de um Congo intenso e às memórias dolorosas do antigo Zaire, que se entrelaçam nos caminhos percorridos por mulheres e homens nas ruas de Kinshasa.
A mostra Retratos de Kinshasa apresenta sete filmes entre ficções contemporâneas, como Felicidade, dirigida pelo franco-senegalês Alain Gomis, e Maki’la, longa de estreia da congolesa Machérie Ekwa Bahango; e documentários reveladores como Victoire Terminus e Sistème K, dirigidos por Renaud Barret, e Caminho para Kinshasa, de Dieudo Hamadi, grande revelação do cinema do país.
A programação também apresenta a cópia restaurada de um clássico do cinema africano, A Vida é Bela, realizado em 1987 por Mweze Ngangura e Benoit Lamy, com foco na vibrante vida noturna de Kinshasa, e uma sessão especial do documentário Quando Éramos Reis, de Leon Gast, que narra o célebre evento “The Rumble in the Jungle”, a luta entre os boxeadores George Foreman e Muhammad Ali promovida pelo ditador Mobutu Sese Seko, que comandou o país entre 1965 e 1997.
FILMES
A VIDA É BELA
(La Vie est Belle)
RD Congo/Bélgica, 1987, 83 minutos, DCP
Direção: Mweze Ngangura e Benoit Lamy
Classificação indicativa: 14 anos
O jovem Kourou (Papa Wemba) deixa sua aldeia para se tornar uma estrela da música eletrônica em Kinshasa. Na cidade, ele acaba fazendo um pouco de tudo. Quando o jovem encontra o olhar da bela Kabibi, é amor à primeira vista, mas ele não é o único a ter caído sob seu feitiço…
VICTOIRE TERMINUS
(Victoire Terminus, Kinshasa)
França/RD Congo, 2008, 80 minutos, digital
Direção: Renaud Barret e Florent de La Tullaye
Classificação indicativa: 14 anos
Verão de 2006, Kinshasa. Martini, Jeannette, Hélène e Rosette passam todos os dias lutando com o treinador Judex no antigo estádio Tata Rafael; o mesmo em que Muhammad Ali nocauteou George Foreman em 1974 durante uma das lutas mais lendárias do boxe. Ao amanhecer, milhares de pessoas do gueto vêm para treinar e os partidos políticos se reúnem.
FELICIDADE
(Felicité)
França/Bélgica, 2017, 124 minutos, HD
Direção: Alain Gomis
Classificação indicativa: 16 anos
Félicité, livre e orgulhosa. Uma cantora da noite em um bar em Kinshasa. Sua vida muda quando seu filho de 14 anos é vítima de um acidente de moto. Para salvá-lo, ela começa uma corrida frenética pelas ruas de uma excitante Kinshasa, um mundo de música e sonhos.
MAKI’LA
RD Congo/França, 2018, 78 minutos, DCP
Direção: Machérie Ekwa Bahango
Classificação indicativa: 16 anos
Maki observa a gangue Sapeurs, grupo de jovens que usam as ruas de Kinshasa como palco, exibindo suas vestimentas diferenciadas, com uma mistura de encantamento e desprezo.
SISTÈME K
França/RD Congo, 2019, 84 minutos, DCP
Direção: Renaud Barret
Classificação indicativa: 12 anos
Um documentário sobre a vibrante cena de arte de rua de Kinshasa e um grupo de pessoas que levam apaixonadamente suas mensagens políticas para as ruas – com a ajuda de estojos de balas, fumaça, sangue, cera, lixo plástico, música e seus corpos.
CAMINHO PARA KINSHASA
(En Route pour le Milliard)
RD Congo/França/Bélgica, 2020, 90 minutos, DCP
Direção: Dieudo Hamadi
Classificação indicativa: 16 anos
Há vinte anos, as vítimas da Guerra dos Seis Dias, na República Democrática do Congo, lutam pelo reconhecimento do conflito, a condenação dos beligerantes e a compensação financeira. Revoltados com a indiferença dos governantes, eles decidem embarcar em uma perigosa jornada no rio Congo para chegar a Kinshasa, capital do país.
QUANDO ÉRAMOS REIS
(When We Were Kings)
EUA, 1996, 88 minutos, HD
Direção: Leon Gast
A crônica dos eventos que levaram ao confronto histórico de 1974, em Kinshasa, capital do antigo Zaire, entre dois dos maiores boxeadores de todos os tempos: Muhammad Ali, um perdedor esperado, e George Foreman, um oponente aparentemente imbatível.
GRADE DE HORÁRIOS
16 de maio (terça-feira)
15h – Système K
17h – Maki’la
19h – Felicidade
17 de maio (quarta-feira)
15h – Caminho para Kinshasa
17h – Victoire Terminus
19h – Système K
18 de maio (quinta-feira)
15h – Victoire Terminus
17h – Caminho para Kinshasa
19h – A Vida é Bela
19 de maio (sexta-feira)
15h – Maki’la
17h – Felicidade
19h30 – Projeto Raros: India Song
20 de maio (sábado)
NOITE DOS MUSEUS
21 de maio (domingo)
15h – Victoire Terminus
17h – A Vida é Bela
19h – Quando Éramos Reis
23 de maio (terça-feira)
15h – Felicidade
17h30 – Système K
19h – Maki’la
24 de maio (quarta-feira)
15h – Caminho para Kinshasa
17h – Victoire Terminus
19h – O Laçador (pré-lançamento)
25 de maio (quinta-feira)
15h – Système K
26 de maio (sexta-feira)
15h – A Vida é Bela
27 de maio (sábado)
15h – Caminho para Kinshasa
28 de maio (domingo)
15h – Felicidade